O LUAR:
Eu aprecio o luar, a noite. Acho que seja possível que eu já tenha tido algum caso secreto com ele, que na minha concepção, é bem feminino. Há gente que canta o luar, eu não entendo como. Provavelmente, é algo como arte moderna: não é para entender, é para sentir. Mas até que cantam muito bem...
O luar é o que há de mais ensolarado na noite, que é bela. A lua é o sol das madrugadas. Isso é muito mais bonito do que qualquer manhã de verão, com aquele sol absoluto e nada democrático. A luz da lua é mais discreta, mais serena. Parece que ela tem sabedoria para não incomodar, mas sim agradar a gente. A sinfonia silenciosa da noite transmite mais conhecimento, paz e segurança do que o “astro-rei”, que é impiedoso, e não poupa aqueles que gostam de dormir um pouco mais nas manhãs de domingo. Também pudera, nós é que somos preguiçosos. Somos? Eu sou, e daí? É bom dormir até tarde, acordar na hora que os outros chamam de “errada”! Se o sol descobrir um dia o quanto é bom acordar tarde, ele vai virar um preguiçoso “de carteirinha”, também. O sol ainda não atingiu esse ponto da evolução. Eu digo que a lua é serena, e digo mais: esperta, porque ela sabe disso tudo. Prefere ser pequenina no céu, mas imensa na repercussão que traz sobre o mundo inteiro. Isso é solene. A lua é sábia.
É um deleite imensurável olhar para o universo e saber que somos parte dele. Não, nada de pronomes possessivos; “isso é meu, aquilo é seu”. Somos muito mais que isso, pois somos parte integrante do cosmos. Pode ser que o fim do universo seja meu dedo indicador. Se eu partir do ponto de vista egoístico de que eu sou o começo do universo, posso chegar ao fim dele, depois de dar uma volta, que culminará em mim mesmo. Se você quiser, você também pode se imaginar como o começo do universo. Você é o começo do universo; tudo se inicia em você, e então ocorrem os desdobramentos que dão origem ao cosmos. Tudo então se desenrola. Esse “desenrolar”, é o que conhecemos por realidade. Essa realidade, por sua vez, terminará em você.
Eu queria lembrar também que é ótimo olhar para o céu. Só não aprecio muito olhar para o céu ao meio-dia (hora de Brasília), já que é nesse instante que o sol está logo acima de mim. Gosto dos entardeceres diários, gosto das 17:47h, que são dignas de um texto. O entardecer é o prenúncio da noite, que revela a beleza do luar.
No fundo, esse é um texto bem científico, creio eu, que reflete um pensamento poético. Não houve nada de consultas, nada de doutrina, bibliografia, dogmas, dados recolhidos pelas pesquisas do Ibope, nem similares, para que essa peça fosse produzida. O que se mostra aqui é vida, experiência prática, sentimentos, arte, a explicação do inexplicável. A despreocupação com o mundo técnico e dogmático nos leva a conhecer outros mundos. Não podemos viver num mundo só. Não podemos viver sós no mundo. Temos que nos desprender do mundo bitolado. Temos que dois mais dois é igual a quatro, mas temos que discordar. A lua não se prende a nada, ela é apenas sugestionada pela gravidade. Ela influencia as marés nos oceanos mais profundos, e serve para muitas outras coisas aqui no planeta. A lua é a alma do planeta.
Deixo aqui, minha homenagem ao luar. À lua não, porque a lua é concreta demais para ser homenageada. Eu ficaria sem graça de fazer uma homenagem à lua. Eu e minhas redundâncias, meus pleonasmos que nem sei o que são, minhas figuras desfiguradas de linguagem, minha bagagem esquecida no saguão. Tudo por eu prestar atenção na lua, um louco perdido na rua.
Eu aprecio o luar, a noite. Acho que seja possível que eu já tenha tido algum caso secreto com ele, que na minha concepção, é bem feminino. Há gente que canta o luar, eu não entendo como. Provavelmente, é algo como arte moderna: não é para entender, é para sentir. Mas até que cantam muito bem...
O luar é o que há de mais ensolarado na noite, que é bela. A lua é o sol das madrugadas. Isso é muito mais bonito do que qualquer manhã de verão, com aquele sol absoluto e nada democrático. A luz da lua é mais discreta, mais serena. Parece que ela tem sabedoria para não incomodar, mas sim agradar a gente. A sinfonia silenciosa da noite transmite mais conhecimento, paz e segurança do que o “astro-rei”, que é impiedoso, e não poupa aqueles que gostam de dormir um pouco mais nas manhãs de domingo. Também pudera, nós é que somos preguiçosos. Somos? Eu sou, e daí? É bom dormir até tarde, acordar na hora que os outros chamam de “errada”! Se o sol descobrir um dia o quanto é bom acordar tarde, ele vai virar um preguiçoso “de carteirinha”, também. O sol ainda não atingiu esse ponto da evolução. Eu digo que a lua é serena, e digo mais: esperta, porque ela sabe disso tudo. Prefere ser pequenina no céu, mas imensa na repercussão que traz sobre o mundo inteiro. Isso é solene. A lua é sábia.
É um deleite imensurável olhar para o universo e saber que somos parte dele. Não, nada de pronomes possessivos; “isso é meu, aquilo é seu”. Somos muito mais que isso, pois somos parte integrante do cosmos. Pode ser que o fim do universo seja meu dedo indicador. Se eu partir do ponto de vista egoístico de que eu sou o começo do universo, posso chegar ao fim dele, depois de dar uma volta, que culminará em mim mesmo. Se você quiser, você também pode se imaginar como o começo do universo. Você é o começo do universo; tudo se inicia em você, e então ocorrem os desdobramentos que dão origem ao cosmos. Tudo então se desenrola. Esse “desenrolar”, é o que conhecemos por realidade. Essa realidade, por sua vez, terminará em você.
Eu queria lembrar também que é ótimo olhar para o céu. Só não aprecio muito olhar para o céu ao meio-dia (hora de Brasília), já que é nesse instante que o sol está logo acima de mim. Gosto dos entardeceres diários, gosto das 17:47h, que são dignas de um texto. O entardecer é o prenúncio da noite, que revela a beleza do luar.
No fundo, esse é um texto bem científico, creio eu, que reflete um pensamento poético. Não houve nada de consultas, nada de doutrina, bibliografia, dogmas, dados recolhidos pelas pesquisas do Ibope, nem similares, para que essa peça fosse produzida. O que se mostra aqui é vida, experiência prática, sentimentos, arte, a explicação do inexplicável. A despreocupação com o mundo técnico e dogmático nos leva a conhecer outros mundos. Não podemos viver num mundo só. Não podemos viver sós no mundo. Temos que nos desprender do mundo bitolado. Temos que dois mais dois é igual a quatro, mas temos que discordar. A lua não se prende a nada, ela é apenas sugestionada pela gravidade. Ela influencia as marés nos oceanos mais profundos, e serve para muitas outras coisas aqui no planeta. A lua é a alma do planeta.
Deixo aqui, minha homenagem ao luar. À lua não, porque a lua é concreta demais para ser homenageada. Eu ficaria sem graça de fazer uma homenagem à lua. Eu e minhas redundâncias, meus pleonasmos que nem sei o que são, minhas figuras desfiguradas de linguagem, minha bagagem esquecida no saguão. Tudo por eu prestar atenção na lua, um louco perdido na rua.