Tudo! Nada!

24.10.01

O dinheiro e o sucesso? Parceiros ou não? Depende do que pensamos de cada um deles, em particular! Agora, diante de meus pensamentos cada vez mais esparsos, vagos, tenho mais tempo para pensar. Não adianta eu escrever uma coisa todos os dias, pela mera obrigação de “ter alguma coisa para escrever”. Portanto, agora só escrevo, quando me vêm à tona, idéias que considero razoáveis. É sobre o dinheiro e o sucesso que escrevo a seguir.
A imagem exposta na mídia atualmente, é a de que, para se ter uma vida feliz, há de se ter dinheiro. Sim, dinheiro! Mas não o dinheiro que lhe for suficiente para se ter uma vida digna, decente, mas o dinheiro objeto de ostentação, o dinheiro canibal, aquele que é capaz de devorar as vísceras da criatura mais poderosa existente. A face do dinheiro exposta, ou melhor, proposta como filosofia de vida pela mídia mundial, é aquela em que ele reina, domina, está soberano à tudo, e principalmente a TODOS (humanos).
E vem daí, desta imagem errônea, distorcida, deturpada, criada pela maioria das criaturas ditas pensantes, que se refletem nas idéias “midiocráticas”, que está atrelada a imagem do sucesso. Então, sucesso seria “ter dinheiro” em demasia. O sucesso seria poder comprar o carro mais caro que o do seu vizinho, não importa a cor, nem a marca; seria poder viajar para mais longe do que o seu amigo, não interessando para onde você foi; seria poder comer uma comida mais cara que a que o seu colega de trabalho comeu na semana passada, mesmo que você passe mal de indigestão! Os fins nunca justificam os meios quando se trata de aparência! Isso é o sucesso. É? Não sei, acham alguns que sim. “Sede não é nada, pois a imagem é tudo”, já diria a propaganda de um refrigerante.
Vou além: se ter sucesso é ter dinheiro, por quê me preocuparei com a função a qual exercerei em minha vida? Para quê contribuir para o tal quadro social? Isso é devaneio...
O importante é ganhar o tal do dinheiro, mesmo que seja através de uma função social que seria importantíssima, mas que passa a ser apenas uma pedra no sapato de quem almeja galgar um caminho ascendente rumo à prosperidade financeira. É nessa hora que se dignificam os banqueiros, os “numerolátras”, aqueles que são a materialização do cifrão. Isso quer dizer que é mais digno ser um leão, do que um lobo em pele de ovelha!
Em suma, quero transmitir a idéia de que, para os dignos, os sábios, e aqueles que nascem evoluídos ao menos para perceber com clareza que o dinheiro PODE ser fruto do sucesso, o que seria o caminho natural. Os ignorantes, desprovidos de qualquer habilidade para serem humanos, apenas invertem essa ordem! Apenas?