Tudo! Nada!

27.11.01

NONSENSE:
Tudo e nada! Todos são camaradas. Camaradas até demais, que dão confiança até p’ra mim! Vê se pode? A vida é uma estrada delineada às pressas, segundo os interesses de quem anda com pressa. O que vem atrás é retardatário. Mas se bem que os retardatários acham regozijante passar por caminhos já abertos pelos pioneiros, sejam lá, até os precursores.
A burrice fascina, assim como a inteligência interessa a todos que julgam estar fora de uma delas. A mim interessa acabar com esse confronto de neurônios que existe. Parece que o time da direita e o do campo esquerdo de meu cérebro estão em atrito constante. Isso é o pensar. É pensar que sou burro; pensar que sou inteligente. Pensar que sou pior, igual, melhor. Descobrir que eu não soube pensar, e pensar que eu já estou aprendendo, quando na verdade, eu sabia há muito tempo atrás, e acabei de me lembrar que havia esquecido de tudo.
Ciclos: vida. O furacão ainda ronda, e toma força, parecendo atingir em cheio àqueles que estão desprevinidos. A ignorância de uns é diferente da carência sábia e humilde de outros. Esse último, sou eu. O primeiro, ah, esse são muitos, que não são como eu! Eu, por minha vez, sou mais alguns, no emaranhado calmo e atrelado em problemas inexistentes que assombram a vida de qualquer fantasma.
Sou o cume calmo da minh’alma e clamo por fumaça ao amanhecer. Sou o dia que entardece, o sol que se põe, por baixo da janela. A estrela que brilha e a luz que se apaga; a geometria disforme do pensamento que caminha reto pelas curvas de uma donzela que desfila linda pela minha frente. Tanta gente, alegria, simpatia, ardor, gases lacrimogênios, gênios, loucos, burros; uma bomba atômica, cuja explosão, é a própria vida.
Descrevi, acima, como vejo o meu mundo... hoje!
Amanhã... aah! Amanhã? Isso é outra história!