Tudo! Nada!

21.1.02

ALUCINAÇÃO CONSCIENTE:

Oh! Mary não vá
Pra muito longe não
Lembre-se das 4
Estrelas de abraão

Um bonde ali na areia
É o retorno
Da coca-cola
Que pediu perdão!

Tem um tijolo
Te chamando na esquina
Eu nao vejo a rotina
Há uns 47 dias

Uma vitrola quebrada
Quer misericordia!
É a discordia das canções
Que me faz falar

Dizer, escrever coisas
Sem sentido
Cento e muitos decorridos
Verões do inverno passado

Ou não!

Outrossim
Anexo ao que está
Fragmentado.
Revertido
Ao inverso do avesso
Convexo

Levem tudo de volta
À cozinha.
A mesa está a espera
Dos ratos
Que perseguem
O gato que engoliu um cachorro
Inteiro.

O pôr do sol
Espera o astro rei
A lua toma lugar no lago
E a água está com frio

As mudanças são notáveis
Afinal, elas andam de caminhão
O mundo é um lugar misterioso
Como um alçapão de um castelo medieval

Castelo, sim! Tipo aqueles
Que a gente visitou anteontem
Há uns 400 anos atrás
Napoleão estava lá
Ele estava de férias.
Nem levou sua lancha
Mas ele nem liga
Ele tem uma prancha
De desenhos
Onde ele desenhou o futuro
Do mundo

Ele esteve em Creta.
Encontrou raul seixas por lá
Ele também encontrou o meu cachorro
Que passeava pelo quintal do Japão

Comeu marmelada e
Foram pro circo cantar
Cantaram no canto
Com encanto
De um foguete que explode
Em dia de ano novo.

E o cara cansou
Cansou de apertar botãozinho
Pra escrever algo que não tem sentido
Sem sentido nem direção
Parece que ninguém sente isso.
Mas ele sente.
Ele é canhoto.
E ele ouve uma música agora.

Agora ele pára de escrever.
Depois ele começa outra coisa
Talvez melhor.
Ou não!