Tudo! Nada!

21.9.01

Ontem, pensei numa coisa, quando eu estava no banheiro, e cheguei à seguinte conclusão: "o egoísmo é o alicerce das paredes que nos impedem ir além!" (do grande mestre e garanhão, João Paulo).

19.9.01

Quantos filmes e quantas foram as vezes com as quais nos deparamos com as divagações sobre viagens no tempo? Se você tem um pouco de imaginação, decerto já se inseriu na fantástica experiência que teria, ao visitar uma era distinta da sua.
Passado ou futuro? Cada um tem simpatia, curiosidade, ou atração com o que lhe parece mais fascinante, mas o que é comum à maioria é o deleite por uma aventura nesse gênero. A realidade é totalmente relativa, como é o todo. Carecem de informação aqueles que se julgam grandes detentores do conhecimento sobre a vida, ou de alguma ramificação dela. Escrevo isto porque pode ter gente pensando em diversas fórmulas, conceitos da física, operações matemáticas ou utilizando-se de dados históricos para se provar por A+B que é impossível a viagem no tempo. O meu guru cósmico Rafa, bem disse que fissão nuclear, clonagem, viagem espacial, entre outros, eram a força motriz das criações fictícias de um passado não muito distante. Já parou para pensar no controle remoto da sua TV? Imagina o que o seu avô acha, ou acharia dele? E o pai do seu avô? É bem por aí!
Vou começar com exemplos ridículos, mas que esboçam noções de que as viagens que transcendem a barreira temporal não são tão utópicas quanto aparentam ser. Olhe para uma foto. Aquilo é um retrato do passado! O passado está ali, sendo levado para o futuro, em forma de imagem (pode se levar som, de diversas maneiras também, por exemplo). Mas não é bem assim que eu imagino viagem no tempo. É lógico que todo mundo imagina viagem no tempo em dimensões reais, e não apenas com imagens, sons, etc. Estes exemplos elementares não dizem respeito, então, às viagens propriamente ditas, mas sim querem introduzir o assunto de tal forma que estimule o raciocínio sobre como isto seria viável.
Penso também, que pode haver gente entre nós, que seja do futuro, de um tempo em que já se inventou a máquina que faz "viajar". Outrora, me vêm idéias que aniquilam essa possibilidade por completo em minha mente, para contrabalançar: talvez sejamos únicos em todos os tempos, e nossos passados e futuros estejam mortos à medida que não os estamos atingindo. Já pensou nisso? Em se tratando de hipóteses, é bom sempre pensarmos de forma ampla.
Agora sim, vou tentar expor situações as quais eu realmente acredito serem potenciais laboratórios para se poder descobrir como viajar no tempo, algum dia, num futuro incerto e não sabido.
Quando chove, e está relampeando, é comum vermos um clarão no céu, em decorrência daquele fenômeno. Poucos segundos depois, ouvimos o som que resultou do fato. Isto se dá porque a velocidade do som é menor que a da luz. Mas não é essa questão física que quero destacar aqui. O importante é que, aquele som, que a gente ouve, na verdade já aconteceu naquele local, mas atingiu de forma notória um outro local posteriormente, ou seja, ouviu-se um som do passado, mas que passou a fazer parte do presente de um outro local!
Outro exemplo interessante são as estrelas que vemos no céu. É sabido e estudado por qualquer pessoa que passe pelo ensino médio que a luz das estrelas pode demorar milhares, milhões, enfim, incontabilíssimos anos para atingir um ponto qualquer (no caso, usamos a Terra como referência, por razões claras), e daí emana o estudo dos ditos "anos-luz", que é unidade de medida para cálculos desta natureza. Agora, quando filosofamos sobre essas estrelas e ousamos pensar que elas podem estar mortas há milhões de anos, às vezes não nos damos conta de que, se é esta a verdade, estamos vendo o que é passado, e não existe concretamente em tempo atual. Agora me diga: isto não é relevante em se tratando de viagem no tempo?
O mais mirabolante dos exemplos foi-me proposto pelo meu amigo Cadu, quando ele disse que poderíamos nos ver no passado, se fôssemos mais rápidos do que a luz. Descobri que é verdade. Para fins didáticos, imagine que você flutua, e é mais rápido que a luz. Pare em algum ponto do universo, flutuando. Agora, mais rápido que a luz, venha para a Terra. Olhe para o ponto em que você estava. O que verá lá? A sua própria imagem, pois a luz não foi tão rápida para te acompanhar ao decorrer de sua trajetória. Mais uma vez, seu passado será visto.
Ainda não pensei em exemplos, ou ninguém nunca me ensinou possibilidades de como seria o processo inverso aos descritos nos meus parágrafos anteriores, ou melhor, em como se ver o FUTURO ao invés do passado, porém, ainda assim, eu quis externar minhas idéias com respeito a este assunto! É issaê! Maior viagem!
O fato não é se perguntar se É possível, mas sim COMO é possível!

18.9.01

PIPOCAS SIM! DROGAS NÃO! Não há nada tão “intrigante” quanto passear pela rua e observar as características curiosas de um lugar. Pois é daí que surgiu a frase com a qual iniciei a escrever este texto. Eu virava uma esquina, quando, de dentro do carro, vi isso numa barraquinha (bem “capenga”, diga-se de passagem, ahahahahaha)
Analisei a idéia e então me dei conta de que o “bacana” que escreveu isso, talvez nem tivesse noção, mas o que ele propôs foi um solução para o problema das drogas, aproveitando o motivo, ainda por cima, para garantir o seu próprio lucro. Quando ele diz “Pipocas sim! Drogas não!”, quer chamar a atenção dos usuários de drogas, para então contar a eles que eles podem comer pipoca, ao invés de usar drogas.
Para eu entender isto, tive que pensar um pouco, pois quando se vê algo escrito assim, logo de início ocorre de a gente dizer: uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas pode ter, sim, e quando isso acontece, é motivo de riso. É mais ou menos como dizer – vou comprar uma calça jeans, porque o tanque do carro está cheio. A princípio, uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas se naquele contexto soubermos que a única maneira viável de sair de casa para comprar algo é utilizando-se um automóvel, compreenderemos tal assertativa. Resumo da ópera: preste atenção nas coisas, porque algo que não faz sentido nem para a o próprio autor, pode ter significado para você!

Sobre o que é relativo:

Outro dia eu estava discutindo com meu amigo Rafael na internet. Como não poderia deixar de ser, criaturas que pensam têm, em muitas das vezes, opiniões divergentes, e isso aconteceu conosco. Essas idéias surgem devido às diferentes formas de interpretação de cada ser, que é fruto de uma realidade também diversa. Mas é relevante ressaltar que eu considero isso tudo, muito positivo, produtivo.
O camarada me chamou de burro e egocêntrico, ahahahahaha. E isto foi de certa forma, filosófico, que eu até parei para pensar nas palavras daquela peça rara, ahahahahaha. Parei para pensar se eu era burro, egocêntrico, ou simplesmente se a opinião dele não coincidia com a minha. Bem, burro acho que eu não era àquele momento, como não sou, neste exato momento (tenho dúvidas se eu um dia serei burro, porém, não descarto a possibilidade). Mas é verdade que fui egocêntrico ao afirmar que as coisas "não são do jeito que são, elas são do jeito que queiramos que elas sejam". "Mea culpa"! Ainda sim, ponderei, para não ser radical demais. Nunca acho que pau é pau, ou pedra é pedra. Gosto de "viajar". Acredito que tudo pode ser desprendido de conceitos pré-existentes. Entretanto, eu defendia a postura, naquele instante, de que tudo que era conceituado, não passava de "papo-furado", digamos, e que tudo poderia ser do jeito que cada um realmente queria. Indagou sabiamente o meu amigo Rafael, que se o mundo fosse do jeito que cada pessoa quisesse, não haveria um liame subjetivo entre as idéias individuais, e daí brotaria o caos. Concluí, então, que se tudo fosse assim (convencionado individualmente), cada homem moraria numa árvore e não se comunicaria de maneira inteligente, ou seja, estaríamos urrando e gesticulando para transmitir pensamentos, além disso com inúmeras dificuldades.
Só que eu gosto de ir pela "coluna do meio", ahahahahah (coluna do meio é coisa de viadinho!), pois é fato, também, que cada ser, apesar de conviver socialmente, mesmo que até de forma prejudicial ao todo, tem características que lhe são peculiares. Acho que agora lapidei esse tipo de ideologia. Então, quero defender, aqui, que: nos transformamos a cada momento. Não sei se penso corretamente, mas é assim que entendo. Até conheço uma música que fala sobre isso, a "Metamorfose Ambulante", do Raul Seixas.
Não sei se me fiz entender, acho que por vezes escrevo textos que são um lixo. Não tenho a vaidade e a mínima preocupação de esperar que tudo que eu faça seja o melhor, ou perfeito, apenas me esforço para que haja algo de proveitoso para alguém na minha existência. Leia-se por alguém, qualquer e quantas pessoas tenham acesso ao que eu escrevo. A perfeição deve ser perseguida, mas nunca alcançada. Esse é o combustível que deve mover nossas vidas. A felicidade tem de ser ingrediente basilar na construção do traçado vital. A tal felicidade é algo curioso, porque ela não pode ser definida com precisão, mas pode ser sentida, e é ela a companheira imprescindível na edificação das vidas das pessoas. Temos de caminhar junto a ela para seguir em frente, avante, ALVORADA!
Eu quis demonstrar, com o que escrevi acima, que as coisas são relativas. Na vida se aprende a cada instante, e não existe nada de absoluto nela. Tem-se sempre provas, seja por força maior, ou mesmo por buscas de interesse próprio, de que tudo na vida é susceptível de erradicação, tanto o bem, quanto o mal, tanto o certo, quanto o errado, e assim por diante. Que texto chato! Mas para mim, faz um pouco de sentido. Sou um a cada dia, eu acho, sem querer. E você? Já parou para se perguntar quem você é? Eu não sei ser, prefiro estar. Coitado de quem só conhece o verbo "To be"!

16.9.01

Hoje é um dia de chuva, e eu ando consultando minha mente para saber o que escrever nos meus textos do blogger, só que não tenho nada agora em mente, então utilizei-me do artefato que é o arquivo que eu mantenho no meu pc cheio de idéias que eu tenho de vez em quando.
Estou apto a escrever, então, sobre as vidas vazias. Relembrando os Engenheiros do Hawaii, banda a qual eu muito aprecio, tem muita gente que está cheia de uma vida tão vazia! Vida vazia é o que? Bem, é a vida sem sentido, é aquele dia a dia sem tesão de viver, é a falta de estímulo e boas perspectivas para o que vem à frente. Mas por quê eu estou escrevendo sobre isto? Porque é um acontecimento que ronda a vida de 150% dos mortais, mas é aí que não se pode deixar a "peteca cair". Nessas horas é difícil ouvir um conselho do tipo "bola pra frente" e levar ele à ferro e fogo. Temos, porém, que galgar essas ocasiões nunca bem-vindas.
É fato, entretanto, que são os altos e baixos da vida que nos dão oportunidade de fortalecer-nos, mas para que isso ocorra, temos que nos empenhar em uma reflexão com um objetivo de auto-crítica, e observar os "certos" e os "errados" em nossas próprias jornadas. Aí, é só trabalhar no sentido de mudar o que se quer, e preencher os espaços vazios com sentimentos realmente substanciais.
Chega de genérico e vamos às situações reais. Esse texto tem como objetivo despertar em que está achando a vida um saco, a iniciativa de tomar uma atitude, porque reclamar ou resmungar, só vai ajudar as coisas a ruírem. Pense no que fazer, e que isto é fruto de algum assunto que ainda não foi completamente resolvido em sua realidade. Analise o que há de bom e de mau e reflita: isso eu tenho que mudar, aquilo eu não tenho que mudar. Divirta-se, e olhe para dentro de si mesmo!