Tudo! Nada!

19.10.01

Andei lendo um texto do meu amigo Giovanni. Foi um texto profundo, em sua essência! Eu gostei muito, porque ele me deu inspiração, além de me nortear em relação a algumas idéias que eu tinha, mas não saberia externar.
O texto é a respeito das vidas humanas, e também versa sobre como os donos delas as dirigem. Foram citados os mais diversos tipos sociais das criaturas humanas. Às vezes, a única coisa que esses seres têm em comum, é: serem humanos. Às vezes, não.
Foi então, que eu decidi expor, também, minhas idéias infinitas e sem solução, é bom lembrar, sobre a vida, e seu um trilhão, dois bilhões, cinqüenta e nove milhões, seiscentos e noventa e três mil, quatrocentas e vinte nove (ufa!) facetas. É o que faço a seguir.
Acabei de chegar à conclusão, agora, pensando em escrever esse texto que não sei onde vai parar, de que a palavra “vida”, deve ser considerada, para que haja melhor interpretação deste, em dois diferentes sentidos.
O primeiro, é a vida biológica, aquela que consiste na manutenção das funções vitais do corpo humano; que não deixa de ser bem “matemática” (não me condenem por escrever isto!!!), uma vez que é estudada pelas ciências das mais diversas, como por exemplo, a biológica, médica, etc.
O segundo sentido, é a vida que fascina os poetas, é a vida que pode ser escrita, cantada, pintada. É a vida que pode ser ouvida, sentida, e também pode ser um mistério total! Traduzindo, o segundo sentido, é a vida social, ou seja, é aquela historinha que cada indivíduo identifica, mesmo que de forma parcial, na novela das oito. Para mim, esse é o lado interessante da vida. Quero ressaltar que, de forma alguma desmereço quem se preocupa com a vida da “máquina humana” apenas, lógico! As duas formas de se encarar nossa batalha diária são imprescindíveis à nossa existência, portanto, se mostrando interdependentes. Como eu seria um vagabundo pensador, se não tivesse saúde o suficiente para isto? Eu apenas... não seria!
Pois bem, a vida é composta de “várias variáveis”! Talvez seja graças aos ruins que existam os bons. Creio que nada seria dos grandes homens, se não existissem os pequenos. E grandes são aqueles que não questionam as diferenças destes para os pequenos, ou atrasados, mas apenas aproveitam isso, ou convivem com isso, de forma benéfica não só a si próprios, mas também à humanidade. E grandes são aqueles, também, que se julgam pequenos por não conhecerem tudo, ou não saberem de tudo. Pequenos são aqueles que se exaltam por julgar a sua pequena capacidade adquirida, uma virtude imensurável. Isso é fato!
Já se pegou pensando em deficiência maior do que a falta da perspicácia de notar sua própria deficiência? Defeituoso maior, é aquele que não enxerga, em si mesmo, e em primeiro lugar, seu próprio defeito! Concorda?!
É sempre bom pensar nas criaturas que têm tudo, e nas que não têm nada! O que vale destacar, é que o tudo e o nada, sempre são relativos. O que é ter tudo? É ter um Mercedes, uma casa na praia e poder viajar à Europa? Certamente que não. O que é ter nada? É morar debaixo de um viaduto? Negativo! Depende de seu modo de encarar a vida. A riqueza material pode ser perdida, mas isso é velho, e você sabe disso. A riqueza da sabedoria (intelectual) também pode ser perdida. É? É, sim! Quantos casos de perda de memória você já viu, ou ao menos, ouviu falar? Muitos, não é? É o seu vizinho que bateu o carro, o sobrinho da sua amiga que caiu de bicicleta. Esses são exemplos de como alguém pode ver tudo que possui em termos de memória/intelecto ir água abaixo. Portanto, é de se refletir que tudo na vida é relativo, e não necessariamente permanente.
Isso certamente assusta qualquer um, não? A mim também. É por isso que eu acabei mudando os rumos desse texto, que pretendia abraçar a questão da vaidade, mas que, no fundo, não deixa de tocar nesse ponto. O que quero levar ao conhecimento de todos os que de alguma forma tiverem acesso a essas palavras, é que se pode perder, em frações mínimas de tempo, o TUDO da sua vida.
O que eu penso sobre perder tudo na vida? Eu penso que é dificil, mas teoricamente não impossível. E se isso acontece, como se deve reagir? Devemos dispor da simples capacidade de continuar existindo, se for este nosso destino. Então, TUDO na vida, realmente, pode não ser um 100% TUDO. E lembre-se: um dia, chegamos a este mundo, sem saber falar...

Let it be, John!

16.10.01

ESQUISITA:

O maluco aperta o botão
O doido muda o padrão
Eu decerto discordo do correto
Estou ilhado no deserto!

A linha do trem é torta
A reta anda fora da linha!
As curvas são o que há!
Há de errado! Mundo quadrado!

De ponta a cabeça
Me sinto bem à beça
Olha a peça estranha
Que é o comum!

O avesso do convencional!
O contrário não é arbitrário
As opções têm de existir
É só acreditar nelas!